Olá, executérrimas!

Hoje temos o primeiro artigo de nossa parceira Dra. Raquel Pimentel, nutricionista com especialização em Nutrição Clínica Funcional pelo Centro Valéria Paschoal de Ensino (CVPE) e em Vigilância Sanitária de Alimentos pela Faculdade de Saúde Pública da USP.

O artigo trata de um tema que aflige a maioria de nós mulheres: o intestino. Não conheço uma que não tenha sofrido em decorrência desse assunto…

Espero que gostem!

Beijooooooo!

Fabi Gragnani

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Seu intestino vai bem? – Parte I

As alterações no funcionamento intestinal são mais comuns do que se imagina. A maioria das mulheres sofre com intestino preso e o mal-estar que isso causa. A prisão de ventre ou obstipação intestinal pode ter várias causas como, por exemplo, hábitos alimentares inadequados, mudança de ambiente e viagens, cansaço físico e mental, uso de medicamentos (antiácidos, antidepressivos, diuréticos, abuso de laxantes), gravidez, doenças intestinais, entre outras. E esse problema reflete-se em nosso humor, na beleza da pele e do cabelo, além de nos deixar sem energia.

A cada dia, novos estudos sobre o intestino demonstram a importância desse órgão para a nossa saúde. E não é para menos. Ele é considerado o segundo cérebro, compõe dois terços do sistema imunológico, produz vários hormônios, absorve nutrientes e água, ajuda na eliminação de toxinas e substâncias não aproveitadas pelo nosso organismo.

O equilíbrio entre as diferentes espécies de microrganismos que compõem a microbiota (flora intestinal) é o que determina a sua saúde e o que vai propiciar o bom funcionamento do intestino. Já a disbiose, nome dado ao desequilíbrio da microbiota, acontece quando as más bactérias dominam o ambiente. Há muitos fatores que podem favorecer tal desequilíbrio, entre eles, algumas infecções, uso de antibióticos, estresse ou mesmo a dieta.

O mais importante é saber que uma dieta balanceada e variada em fibras vegetais está associada à maior diversidade de bactérias no intestino favorecendo o equilíbrio. Algumas fibras, as chamadas prebióticas, estimulam e facilitam o crescimento e a atividade das bactérias benéficas da microbiota, como as bifidobactérias e os lactobacilos. Elas estão presentes em alimentos como a alcachofra, aspargos, chicória, endívias, alho poró, cebola, banana/biomassa de banana verde, batata Yacon, beterraba, cereais integrais (aveia, centeio, trigo), entre outros.

Incluir alimentos probióticos na dieta, como iogurtes e leites fermentados, também contribui para a saúde intestinal. Ajuda a eliminar as bactérias ruins, produz substâncias fundamentais para nutrir a mucosa do colón, auxilia na digestão e ajuda no tratamento da obesidade, diabetes, câncer, candidíase, depressão, acne, inflamações intestinais.

Então o que fazer para ter um intestino saudável? Incluir na alimentação do dia a dia alimentos ricos em fibras (frutas, legumes, verduras, cereais integrais), manter uma ingestão de líquidos adequada (30ml/kg/dia – preferencialmente água, água de coco, chás) e consumir alimentos prebióticos e probióticos. Os prebióticos e probióticos podem ser suplementados na forma de sachê e cápsulas, consulte o seu médico ou nutricionista para um atendimento personalizado.

A prisão de ventre ou obstipação intestinal é muito comum entre as mulheres e indica, na maioria dos casos, a falta de alimentos ricos em fibra na dieta e a ingestão insuficiente de líquidos. Mas você não precisa sofrer com esse tipo de problema, há dicas simples e receitas que podem ajudá-la! Quer saber quais são elas? Vamos tratar do tema no próximo post, não perca!

Dra. Raquel Pimentel

rcs-pimentel@uol.com.br

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